Uma reflexão para o seu aniversário. Para Vivi, Para Viver!

A partir desse momento, começo a escrever algo para o seu aniversário e ao mesmo tempo deixar os meus dedos irem tocando de maneira compassada cada letra do meu teclado. Deixo a emoção vir até mim e transbordar, como o leite esquecido, fervendo na panela, como aquela champagne que colocamos na taça no momento de tanta euforia e felicidade, deixo você imaginar desde quantas vidas atrás nós estamos juntos, à frente de tudo e acima de tudo. Como explicar esse tipo de amor que não se explica? Como explicar tal sintonia?
Tentei ler algumas coisas à respeito desse tal sentimento que mexe com a gente, desse amor incondicional que até entendo, mas na hora de passar a limpo e escrever, ele vôa e passeia pelo ar num belo balé, meio boçal, meio moleque e desdenha da minha astúcia. Que ousadia a minha de querer explicar o que existe entre nós. Que ousadia pensar que um dia, iria aprender como se deram esses nós.
Amor? Você me vem lá no fundo e sopra que é mais do que isso e eu tenho a pura certeza.
Sintonia? Não tem jeito, conseguimos qualquer frequência em qualquer assunto.
Compreensão? ação de compreender; faculdade de perceber; conhecimento perfeito de alguma coisa... mais? você me conhece tão bem e eu a você, que não tenho dúvidas que é mais que isso.
Então pensei em buscar explicação no fato de termos nascido no mesmo berço. Então, não fui o primeiro a nascer, ou talvez tenha sido e aí, talvez o destino tenha me permitido voltar para te buscar, pegar na tua mão e te trazer dizendo: Nasce primeiro! Pois como sempre soube que você era um pouco mais frágil que eu, te coloquei na frente, nascendo outra vez, pouco mais de um ano depois. É possível, pode ser provável, mas não é provado. A única prova, é o que sentimos um pelo outro. É a pureza desse sentimento que mesmo assim, não encontro a palavra certa.
Então desisto de querer achar a resposta, pois acho que acabaria o nosso roteiro e o bacana é termos a certeza de que estaremos nos encontrando em outras histórias, você de Rainha e eu de Bobo da Corte, você de Romeu e eu de Julieta, eu algum Anão e você a Branca de Neve, Você de Rapunzel e eu desenhando as suas tranças e trançando-as de um torno à outro da torre, da qual nos libertamos. Talvez serei a Neve e você o Boneco, talvez eu venha de copo e você de Boteco. É algo assim, deixe-me ser qualquer coisa, desde que em todas as vidas eu tenha você bem perto de mim.
Feliz aniversário minha irmã e meu ponto de interrogação.